Campos do Jordão é um daqueles destinos românticos que combina o charme da serra com o requinte da arquitetura e gastronomia, voltado especialmente para os paulistas (que já são conhecidos por ter melhor poder aquisitivo, sem querer generalizar). A cidade mostrou-se um destino bem caro comparado às demais cidades que visitamos aqui no Brasil, e estamos supondo que se deva a isso. Hospedagem cara, comida cara, menos atrações naturais mas inegavelmente charmosa e, com certeza, vale um fim de semana. Talvez não tão famosas quanto, as vizinhas São bento de Sapucaí, Gonçalves e Santo Antônio do Pinhal valem uma esticada da viagem, fechando um circuito bem aprazível da Serra Paulista, divisa com Minas.
Chegando na cidade, o Centro de Capivari é, sem dúvida, o point, concentrando opções diversas de restaurantes e lojas. Na praça do teleférico, é possível subir até o Morro do Elefante para vistas panorâmicas. Se tiver medo de altura, não se preocupe, tem um caminho alternativo por carro, que sobe até o mesmo ponto, sem problemas. Voltando à “parte baixa”, pode emendar até a feirinha de artesanato (com opções razoáveis se tiver esquecido sua luva ou gorro para se proteger do frio à noite). Ali também tem o passeio de ônibus turístico que faz um tour bem completo em volta das principais ruas da cidade, mostrando toda a arquitetura, levando até a Ducha de Prata – uma queda d’água artificial.
Além do tour pelo Centro e ruas de Campos do Jordão, os outros 2 ícones turísticos são o passeio de trem para Pindamonhangaba e passear no Horto Florestal. Não fizemos o passeio de trem/maria fumaça que sai das proximidades da praça central (ingressos esgotados), mas seguimos de carro até o Horto, o que levou em torno de 20 minutos. Apesar de a alta temporada ser no inverno, fomos no Carnaval e em setembro. No Carnaval, por conta das chuvas, o Horto estava mais bonito, mais verdejante e as hortências com cores mais vívidas.
Não almoçamos no Horto, mas saindo de lá, no retorno à Capivari. Foi um restaurante na beira da estrada, divulgando a melhor costela no bafo da região. Não nos arrependemos, os restaurantes nos pontos principais são normalmente mais cheios e caros, então arriscamos na estrada que, por sinal, tem outras opções também.
À noite, a cidade assume um ar mais elegante, toda iluminada, regada a rodízios de fondue e cervejas artesanais da Baden.
DICAS
Localização do Hotel
À noite, dependendo principalmente da época, é difícil conseguir vaga. Por isso, se puder se hospedar próximo ao centrozinho, economizará horas procurando vaga, ou pagando taxas absurdas de estacionamento. Se o hotel estiver longe, considere os táxis da praça; podem ser ainda mais interessantes se for rachar a corrida com amigos.
Clima e Moda
Campos do Jordão é uma cidade serrana, logo, inevitavelmente, temos as temperaturas extremas do clima de altitude: bastante calor nos dias de sol durante o dia, e muiiiiito frio à noite. No Carnaval, a temperatura não ficou tão extrema quanto em setembro, quando pegamos 4 graus. A moda da cidade transborda em botas, sobretudos e luvas à noite, enquanto o tênis pode ser seu melhor amigo ao longo do dia (seja para caminhar no Horto ou fazer as trilhas mais distantes da cidade).
Preços
Se você é um turista econômico, esteja precavido. No que diz respeito à alimentação, tudo nos pareceu caro. Os rodízios de fondue vinham em porções pequenas e preços altos; quando somados às taxas de couvert e serviço, chegaram a dobrar em comparação a cidades serranas fluminenses, por exemplo.
Arredores
2 dias foram suficientes para passear pela cidade. Mas, nas proximidades, temos algumas charmosas cidades de interior, as quais descrevemos nos próximos posts: São Bento de Sapucaí, Gonçalves e Santo Antônio do Pinhal.