Na viagem de volta ao Rio de Janeiro, a partir de Conceição de Ibitipoca, tínhamos um caminho alternativo, seguindo até Caxambu, para então depois seguir até Dutra. Foi uma ótima parada no percurso, até porque o retorno parecia mais seguro, conforme anoitecesse.
A cidade de Caxambu é muito charmosa, tem um centro movimentado, com opções de lanchonetes, lojinhas, ruas bem tranquilas e um povo bastante hospitaleiro. O ritmo ali é outro, está na contramão do frenesi diário das metrópoles mais urbanas. É aquele atendimento mais lento, uma sugestão para um passeio de charrete pela cidade, tudo bastante tranquilo, como um verdadeiro convite para desacelerar e desestressar. E, nesse contexto, temos o ícone turístico da cidade – o Parque das Águas.
Mais do que um parque para caminhadas, assim como um complexo de lazer, o Parque das Águas de Caxambu reúne o poder da água e suas propriedades medicinais em 12 fontes, formando o maior complexo hidromineral do mundo. Por isso, é tido como um centro natural de saúde já que cada fonte apresenta diferentes propriedades químicas das águas e indicações diversas para tratamentos contra anemia, problemas digestivos, hepáticos, de vesícula, rins, pressão arterial, de pele, sistema cardiovascular, respiratórios, de alergias, reumatismos, sistema nervoso, dentre outros.
Uma das fontes mais famosas é a Fonte Dom Pedro, construída em cima de uma pilastra de mármore, aos pés de uma réplica da Coroa Imperial. Além desta, são outras 11 fontes, cada uma com arquitetura e origem histórica, repletas de significado e valor. Vale passar por todas, apreciando ainda os cenários ímpares emoldurados pelas fontes.
As águas são minerais e ligeiramente gaseificadas, de qualidade reconhecida internacionalmente. Para ser sincera, achei todas as que provei com gosto muito parecido, mas cada fonte relacionava uma série de benefícios, específicos de acordo com cada fonte. Dentro do parque, assim como nos arredores, não faltam vendedores de garrafas vazias para encher de água das fontes. Algumas simples, outras mais charmosas, mas sem dúvida, uma variedade de opções para quem desejar estocar essas águas tão elogiadas que atraem visitantes de todo o mundo.
Além de experimentar as águas das mais diversas fontes, o Parque das Águas também conta com piscinas de águas naturais, um balneário de hidroterapia (banhos, duchas, saunas e massagens terapêuticas), bosques e parques para caminhadas, assim como um lago com pedalinho e teleférico para o Morro de Caxambu.
Assim que se entra no parque, fica evidente o clima sereno e muito agradável das paisagens, jardins, tudo aliado a uma arquitetura histórica de valor cultural incontestável, seja pelas peças, mosaicos e azulejos vindo de Inglaterra e Portugal na época do Império, seja pelos vitrais franceses, seja pela estátua belga da Ninfa do Lago, simbolizando a divindade das águas minerais.
Saindo do parque, não faltam propostas para passeios de charrete pela cidade. O pequeno centro comercial da cidade também tem opções gastronômicas, muitas lojinhas de artesanato e vocações alimentícias da região como os doces, cachaças, queijos, mel, além da moda mineira.
Foi com enorme satisfação que fizemos essa parada em Caxambu e, pesquisando na web, vimos que muitos viajantes escolhem essa cidade como de fato uma parada para descanso na viagem. Ou seja, um lugar para desacelerar, relaxar e repor literalmente as energias para seguir sua rota. Bem perto de Caxambu, fica outra cidade ícone no Circuito das Águas, que é São Lourenço. Já viajamos para lá em outra oportunidade, mas esse relato já ficará para outro post 😉